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Após anos consecutivos de frustração e instabilidade, a perspectiva de uma economia mais liberal gera expectativas positivas para o mercado financeiro. Foi o que pudemos ver no artigo “Economia Brasil 2020: pesquisas apontam otimismo“, recentemente publicado em nosso blog.

No Brasil, a economia para 2020 reserva o crescimento da chamada “economia real”, onde veremos a queda das taxas de desemprego e o aumento do consumo, fazendo com que o país cresça como um todo. Para Mário, integrante do time de especialistas da Portofino Investimentos, “isso fará com que tenhamos uns dos bons anos da economia no país”.

No entanto, Mário também explica que devemos ter atenção a alguns fatores de risco, principalmente relacionados à economia internacional.

Siga a leitura e saiba mais.

Economia para 2020: pontos de atenção no mercado internacional

A 23ª edição da Pesquisa Global de CEOs da PwC revela, em parte, o otimismo dos CEOs brasileiros para a economia brasileira em 2020. No entanto, também podemos perceber pontos de preocupação entre os empresários. De acordo com a última edição da pesquisa, 45% dos CEOs brasileiros apostam em desaceleração do crescimento global.

O índice vai de encontro com os estudos realizados por Mário e a equipe de economistas da Portofino Investimentos. Nos Estados Unidos, por exemplo, o cenário político mostra-se desafiador, visto que a corrida eleitoral deve colocar muita volatilidade nos mercados. A batalha pela candidatura pelo lado dos democratas está indefinida e, por mais que Trump seja favorito, a ameaça de um candidato de esquerda vencer é o bastante para gerar incertezas no mercado financeiro global.

A Europa, por sua vez, continuará apresentando dificuldade de crescimento, mantendo os dados na casa de 0,9%. A inflação também tem previsão negativa, ainda com muita dificuldade para atingir a sua meta de 2% – atualmente, a inflação na zona do euro é de 1,2%.

Coronavírus e seu impacto na economia para 2020

Mário declara que o avanço do coronavírus na China representa uma grande preocupação na economia global, que não estava no cenário-base de nenhum economista. Dados apontam que a China possui quase 500 mortes por coronavírus e mais de 24 mil casos confirmados. Além disso, cerca de 900 pessoas já se recuperaram do vírus. A epidemia levou as autoridades chinesas a impor restrições em viagens e fechar atrações turísticas, escolas, empresas e demais centros que pudessem trazer riscos para a disseminação da doença.

Os riscos do coronavírus para a economia mundial ainda são incertos, no entanto, geram preocupação entre os especialistas.

Hoje, a China representa a 2ª maior economia do planeta, um dos maiores parceiros comerciais do Brasil e, no momento em que o país asiático diminui a demanda por produtos brasileiros, nossa economia é afetada. Por isso, assim como em outros países, a Bolsa de Valores brasileira sentiu negativamente os impactos do coronavírus.

De acordo com o economista Roberto Dumas, o coronavírus representa um impacto negativo no crescimento do PIB chinês, o qual pode decair para 5% em 2020. Ele explica que, se a China cresce menos, a tendência é de que toda a Ásia apresente queda no crescimento, devido às relações comerciais entre os países e, consequentemente, ocorram prejuízos nas commodities metálicas, gerando impacto em países que exportam essas commodities, como Brasil, Chile, Austrália e África do Sul. Dessa forma, é perceptível que o crescimento global precisará ser revisto, visto que o prejuízo nas economias citadas afetam o mundo como um todo.

Desta forma, Mário conclui que “por mais que os ventos sejam favoráveis para a economia brasileira em 2020, é preciso estar atento aos impactos do cenário internacional na carteira de investimentos”.

Se você possui alguma dúvida sobre o cenário econômico em 2020, deixe o seu comentário.