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Coronavírus: avanço da doença, impactos no mercado financeiro e prevenção.

O avanço do coronavírus (COVID-19) em países europeus tem gerado tensão na economia mundial, afetando negativamente a Bolsa de Valores brasileira e também outras bolsas internacionais.

Na última sexta-feira (28) a Ibovespa fechou em alta de 1,15%, a 104.171 pontos, mas acumulou queda de 8,37% na semana, no pior resultado semanal desde 2011. Após apostas de que bancos centrais tomarão medidas para amenizar o efeito do coronavírus na economia, a Ibovespa subiu 2,36% na segunda-feira (2), 106.625,41 pontos, tendo alcançado 107.220,02 pontos na máxima da sessão.

Será que o aumento de casos do coronavírus justifica o estresse sentido pelas economias globais na semana passada?

O artigo de hoje esclarece diversas dúvidas sobre o tema. Para saber mais, siga a leitura.

Coronavírus: os investidores devem se preocupar com o alastramento da doença?

De acordo com o portal World O Meters, que acompanha em tempo real o andamento do coronavírus pelo mundo, atualmente a doença afeta 58 países, com destaque para a China (80.152 casos confirmados), Coréia do Sul (5.186 casos confirmados), Iran (2.336 casos confirmados) e, por fim, a Itália (2.036 casos confirmados).

O grande causador da tensão que estamos verificando entre os mercados globais se deve ao crescimento dos casos fora da China, sobretudo em países europeus e regiões com grande circulação de turistas.

Mas será que os números demonstrados justificam o nervosismo sentido pelas economias globais? Os investidores devem se preocupar com o avanço da doença?

De acordo com o Relatório Especial sobre o Coronavírus, divulgado pelo BTG Pactual Digital, em todas as últimas 5 epidemias globais dos anos 2000 – SARS (2003), Gripe do Frango (2006), Gripe Suína (2009), Ebola (2014) e Zika (2016) –, os principais índices de renda variável ao redor do mundo (e no Brasil) retomaram fortes rentabilidades entre 3, 6 e/ou 12 meses após o auge da epidemia. No caso da H1N1 em 2009, por exemplo, o Brasil sofreu com aproximadamente 2 mil mortes e, mesmo assim, o Ibovespa se recuperou entre 3 a 6 meses.

Desta forma, é importante que os investidores compreendam que sim, o momento exige cautela. Precisamos manter a atenção sobre os próximos acontecimentos, para que toda a movimentação realizada seja extremamente calculada. Ao mesmo tempo, vale lembrar que mais de 90% dos casos de coronavírus estão localizados na China, as taxas de letalidade estão reduzindo e novos casos sérios e críticos têm diminuído.

Para aqueles investidores que possuem uma mentalidade de longo prazo, não há o que temer. Como afirma Warren Buffett, “o mercado de ações é um dispositivo para transferir dinheiro dos impacientes para os pacientes”. Por isso, quando falamos sobre a aplicação em renda variável, não podemos nos esquecer da importância da persistência para a obtenção de bons rendimentos.

Saiba como se proteger do coronavírus

Em relação ao estresse sentido pela economia global, entendemos que não deve haver preocupação entre os investidores que possuem ambições de longo prazo, tendo em vista que o coronavírus não impactou as expectativas dos indicadores da economia real brasileira para 2022 ou 2023.

No entanto, os cuidados com a saúde devem ser mantidos, principalmente para quem costuma frequentar locais com grande circulação de pessoas (como shoppings center e aeroportos) e para quem está realizando uma viagem internacional para países europeus.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou em um comunicado que o Covid-19 é menos virulento que outras epidemias similares de anos anteriores. Além disso, o atual coronavírus tem menor potencial de transmissão que o sarampo e menor letalidade que o H1N1.

Os sintomas da doença são similares a um resfriado, principalmente respiratórios, como febre, tosse e dificuldade para respirar.

As recomendações do Ministério da Saúde Brasileiro para a prevenção do coronavírus são:

  • Lavar as mãos frequentemente com água e sabão;
  • Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não higienizadas;
  • Ficar em casa se estiver doente;
  • Evitar o contato próximo com pessoas que estejam com sintomas de gripe e resfriados (espirros, tosse e coriza);
  • Ao espirrar ou tossir, cobrir a boca e o nariz com um lenço de papel e jogá-lo no lixo;
  • Desinfetar objetos e superfícies tocadas com frequência (aqui, muita atenção para os smartphones, que devem ser sempre higienizados).

Se você possui alguma dúvida relacionada ao coronavírus, deixe o seu comentário.