por Guilherme Oliveira | 12 set 2019 | Análise de Mercado, Mídia
A bolsa paulista começava a quinta-feira no azul, seguindo o viés positivo de praças acionárias globais, após notícias mais favoráveis sobre as negociações comerciais entre Estados Unidos e China, enquanto o Banco Central Europeu (BCE) cortou os juros e anunciou novo pacote de estímulo para a economia da região.
As notícias, de acordo com Adriano Cantreva, sócio da Portofino Investimento, trouxeram alívio aos mercados, apoiando a procura por ativos de risco, o que acaba contagiando as ações no Brasil.
Ele destacou que, do lado doméstico, persiste a agenda econômica de reformas e privatizações, embora o mercado brasileiro acabe sentindo o “vaievém” no cenário externo em razão da movimentação dos fluxos de recursos no mundo. “Mas comparativamente a outros emergentes estamos melhor”, afirmou.
Tal percepção é endossada pelo comportamento do índice MSCI de referência para ações de mercados emergentes, que contabiliza uma alta ao redor de 5% no ano, enquanto o índice MSCI para ações do Brasil sobe cerca de 10%.
Leia mais em: Uol, Reuters, DCI, Extra Online e Money Times.
por Guilherme Oliveira | 12 set 2019 | Análise de Mercado
O comitê de Política Monetária (COPOM) foi instituído em 1996, tendo por objetivo o estabelecimento das diretrizes da política monetária brasileira e a definição da taxa de juros.
No artigo de hoje, você entenderá como funciona a política monetária brasileira, as diferenças entre a política monetária expansionista e contracionista e, além disso, acompanhará a previsão da taxa de juros para os próximos 10 anos.
Siga a leitura do artigo!
As principais características da Política Monetária Brasileira
Se você é um investidor, muito provavelmente já ouviu falar sobre a Política Monetária Brasileira. Mas você entende, de fato, o que ela é e como ela funciona?
Como citado anteriormente, o COPOM tem o objetivo de estabelecer diretrizes na política monetária brasileira e da taxa de juros no país.
O Comitê realiza reuniões, onde fixa taxas de juros, que são a meta para a taxa Selic que irá vigorar por todo o período de tempo entre as reuniões. O COPOM é composto pelos oito membros da Diretoria Colegiada do Banco Central, presidido pelo presidente do Banco Central.
A cada decisão sobre a meta da taxa Selic, o mercado passa a ter novo referencial para a cobrança de novas taxas de juros junto aos créditos fornecidos aos clientes. Os investimentos atrelados também sofrem alterações nas taxas de juros.
Por exemplo, a redução da Selic diminui a rentabilidade dos ativos pós-fixados dos Fundos de Renda Fixa. Outro exemplo que pode ser oferecido é que as empresas ou consumidores podem ter empréstimos com menores taxas, proporcionando um estímulo para novos investimentos ou para o consumo.
A política monetária representa a atuação das autoridades monetárias por meio de instrumentos de efeito direto ou induzido, com o propósito de se controlar a liquidez global do sistema econômico.
Política Monetária Expansionista e Contracionista: entenda as diferenças
No evento realizado pela Portofino Investimentos em Porto Alegre, sobre o cenário macroeconômico, o sócio-fundador da SPX, Rogério Xavier, explicou que estamos vivendo em um mundo desinflacionário, com uma política monetária expansionista.
No entanto, você sabe o que isso significa?
A Política Monetária Expansionista é formada por medidas que tendem a acelerar a quantidade de moeda e a baratear os empréstimos. Ela busca incidir positivamente sobre a demanda agregada. Alguns dos instrumentos utilizados são a diminuição do recolhimento compulsório, diminuição da taxa de redesconto e compra de títulos públicos.
A Política Monetária Contracionista, por sua vez, se define pelo conjunto de medidas que tendem a reduzir o crescimento da quantidade de moeda e a encarecer os empréstimos. Os instrumentos utilizados são aumento do recolhimento do compulsório, aumento da taxa de redesconto e venda de títulos públicos.
Taxa de Juros Selic e a previsão para os próximos anos
A partir do cenário macroeconômico, notícias mundiais e acontecimentos internos, o mercado consegue prever a taxa de juros, antecipando cortes ou aumentos. A curva se modifica todos os dias, de acordo com aquilo que o mercado prevê.
Observe, abaixo, a projeção do gráfico da taxa de juros para os próximos anos:
Na projeção da curva podemos ver que o mercado já aposta que nas próximas reuniões do COPOM, onde haverá um corte na taxa de juros, fazendo com que a SELIC chegue a 5%.
No entanto, analisando um período de tempo maior, a tendência é que a taxa de juros volte a subir. Pela curva que temos hoje, é esperado que nos próximos 10 anos a SELIC volte para um patamar de 7,50%.
Você possui alguma dúvida em relação à política monetária no Brasil ou sobre a taxa de juros? Comente!
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