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Come-cotas: como funciona a tributação ao longo dos anos?

O come cotas é um imposto que costuma passar despercebido ou sem muita relevância por grande parte dos investidores brasileiros. No entanto, ao longo dos anos, a tributação pode deixar rastros visíveis sobre as aplicações financeiras realizadas em Fundos de Investimentos.

Que saber mais sobre a tributação do come cotas? Siga a leitura do artigo!

Entenda como funciona a tributação do come cotas sobre os Fundos de Investimento

Se você acompanha nossos artigos, sabe que os Fundos de Investimento oferecem vantagens consideráveis aos investidores em relação a outras aplicações financeiras, como a facilidade de diversificação e a gestão profissional da carteira. Atualmente, o mercado financeiro dispõe de diferentes tipos de Fundos e, entre eles, podemos destacar os Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDC), Fundos de Investimento no Exterior, Fundos de Investimento Multimercado e Fundos de Ações.

Quando falamos sobre Fundos de Investimentos, o termo “come cotas” se faz muito importante. Por mais engraçado que o nome possa parecer, devemos manter nossa atenção sobre ele.

O come cotas surge para todos os investidores que aplicam em fundos classificados como de longo prazo ou curto prazo, como por exemplo os fundos cambiais, renda fixa e multimercados.

Para compreendermos a incidência do come cotas, devemos nos lembrar que nos fundos de longo ou curto prazo, todos os rendimentos possuem incidência de impostos. Observe:

Fundos de Curto Prazo: 22,5% em aplicações que permanecem por até 180 dias e 20% em aplicações que permanecem 181 dias ou mais.

Fundos de Longo Prazo: 22,5% em aplicações que permanecem por até 180 dias, 20% para aplicações de 181 dias a 360 dias, 17,5% para aplicações de 361 dias a 720 dias e 15% em aplicações de 721 dias ou mais.

O come cotas antecipa o imposto retido na fonte. A cada seis meses, no ultimo dia de maio e no último dia de novembro, ocorre a redução no número de cotas, equivalente ao percentual do imposto sobre os rendimentos. Em fundos de curto prazo a cobrança é de 20% dos ganhos, enquanto nos de longo prazo o valor é de 15%.

É importante ressaltar que o come cotas apenas incide sobre o rendimento no período e não sobre o total investido no fundo.

Entenda os impactos do come cotas ao longo dos anos

Quando não acompanhado cautelosamente, o come cotas pode ocasionar perdas significativas para um investidor.

Uma simulação¹ realizada por nossa equipe técnica trouxe a comparação entre o investimento de 20 milhões de reais em um fundo aberto, que possui incidência do come cotas, e em um fundo fechado, o qual não possui recolhimento de come cotas.

Em 20 semestres, ou seja, ao longo de 10 anos, o Fundo Aberto apresentou o valor total de R$ 45.093.237. Já o Fundo Fechado, que não possui incidência de come cotas, apresentou a quantia de R$ 47.093.622.

Ou seja: o investidor que optou pelo Fundo Fechado, teve um retorno de R$ 2.000.385 a mais em relação àquele que aplicou em um Fundo Aberto.

O come cotas recolhe parte de seus rendimentos semestralmente e, como vimos, depois de alguns anos o rastro deixado pelo imposto em suas aplicações é visível e extremamente considerável.

Desta forma, os Fundos Fechados ou Fundos de Investimento Exclusivos apresentam vantagens aos investidores. Se você deseja entender mais sobre o tema, leia o artigo “Fundos de investimento exclusivos: o que são e como aplicar” publicado em nosso blog.

Então, esclareceu suas dúvidas sobre o come cotas? Deixe o seu comentário!

¹Simulação feita pela Portofino, supondo os parâmetros supracitados, apenas com fins ilustrativos, levando em conta um ganho histórico de 10% a.a.
Obs.: valores estimados; não há garantia de renda, liquidez, retorno ou isenção de risco.