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FIDC: como funciona os investimentos em direitos creditórios

Buscando entender mais sobre FIDC e como funciona este tipo de fundo de investimento?

Muitos investidores, sejam eles iniciantes ou experientes no mercado financeiro, possuem dúvidas em relação sobre o que é FIDC e como analisar as características do Fundo.

Para esclarecê-las, siga a leitura do artigo!

Afinal, o que é FIDC (Fundo de investimento em direitos creditórios) 

Popularmente chamados de FIDC, os Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios são reconhecidos no mercado financeiro pelo excelente retorno que oferecem, podendo alcançar retornos superiores a 150% do CDI.

Para entendermos o funcionamento de FIDC, é preciso compreender o que é o Direito Creditório. 

Ele se refere ao direito a um crédito originário de operações realizadas nas instituições financeiras, indústrias e serviços

Quando uma empresa realiza determinada venda a prazo, ela tem o direito de receber o valor. Esse recebível, no caso, pode ser securitizado e transformado em um ativo para ser negociado e vendido para um FIDC.

Sendo assim, o FIDC oferece um capital de giro para a empresa e lhe dá garantia de recebimento.

Em um artigo publicado no portal InfoMoney, Carolina Giovanella, sócia da Portofino Investimentos, explica que os FIDC apresentam duas principais categorias de cotas: 

“As cotas subordinadas cedem o direito de preferência para as cotas seniores para fim de resgate e amortização, sendo geralmente subscritas pelos empreendedores do fundo e funcionando como meio de garantia para as cotas seniores.

As cotas seniores, por sua vez, têm preferência para fins de resgate e amortização e remuneração pré-definida”.

Quem pode aplicar em FIDCs? 

Como vimos, o FIDC merece destaque em comparação com outros tipos de investimentos, já que pode oferecer retornos superiores a 150% do CDI. 

Porém, não são todos os investidores que podem adquirir cotas dos Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios.

Normalmente, os FIDCs são ofertados a investidores qualificados, ou seja, a pessoa física ou jurídica que possui mais de R$ 1.000.000,00 em investimentos no mercado financeiro e que ateste essa condição em documento. 

Essa classificação é realizada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e tem como objetivo designar os investidores que possuem uma elevada quantia em investimentos e que detêm conhecimentos adequados sobre investimentos financeiros e os riscos envolvidos.

Nos últimos tempos, o FIDC foi alvo de preconceitos devido aos escândalos que envolveram algumas organizações do mercado financeiro. 

No entanto, como vimos, este tipo de fundo é uma opção atraente para os investidores, já que a sua excelente estrutura possibilita a existência de cotas subordinadas, que amortecem a inadimplência.

Quais são os riscos de investir em FIDICs?

Assim como qualquer tipo de investimento, o FIDC também oferece alguns riscos. Confira mais detalhes:

Risco de Crédito

O principal risco do FIDC é o crédito da carteira de recebíveis, ou seja, a inadimplência dos recebíveis que formam o lastro da carteira.

Como o fundo tem, no mínimo, 50% dos seus ativos em títulos de crédito (contas a serem pagas), pode haver atraso no pagamento ou até mesmo calote por parte dos investidores.

Para que esse risco seja minimizado e o patrimônio dos nossos clientes esteja sempre protegido, os profissionais da Portofino analisam questões como:

  • Prospecto;
  • Diversificação do fundo;
  • Histórico de inadimplência;
  • Recebimentos dos anos anteriores.

Dessa forma, evitando qualquer tipo de questão que possa interferir na sua segurança ao investir em FIDCs.

Risco de Liquidez

Por ser um fundo para investidores com perfil bastante restrito, o FIDC não costuma ter muitos compradores.

Com uma demanda baixa, se comparado com outras opções de ativos, pode ser mais demorado vender suas cotas no mercado secundário.

Risco de Mercado

Fatores de mercado (internos ou externos), como aumento da inflação ou taxa de juros, podem afetar o FIDC de alguma forma.

Dependendo da volatilidade, fatores como a rentabilidade, preço e valor dos ativos do FIDC podem ser impactados.

Nós da Portofino temos o objetivo de entregar resultados sempre acima da inflação, prezando pela cautela. 

Somos diligentes e, na dúvida, optamos por não tomar risco e preservar a integridade do seu patrimônio financeiro.

Estratégias de FIDCs

Confira abaixo as duas principais estratégias usadas por FIDCs dentro do mercado financeiro:

Direitos Creditórios Performados

Nesse tipo de fundo, o direito creditório está performando quando a venda do produto ou execução do serviço já foi realizada/entregue.

Como o contrato de compra e venda não pode ser desfeito, não existe chance de não-execução das operações do fundo.

Nesse caso, o risco está apenas na inadimplência dos consumidores.

Por ser uma estratégia menos arriscada, a maioria dos Fundos de Investimento em Direitos Creditórios funciona deste modo.

Direitos Creditórios Não-Performados

Nesse caso, o direito creditório ainda não está performando, ou seja, não houve finalização/entrega do produto ou serviço.

Um exemplo conhecido é a antecipação de recebíveis de um apartamento adquirido ainda na planta.

Quando isso ocorre, existe tanto o risco de inadimplência quanto do contrato de compra e venda deixar de existir por problemas na construção.

Por ser mais arriscado, esse tipo de FIDC oferece um potencial de retorno mais alto do que a modalidade performada.

Como investir no FIDC?

É possível investir em um FIDC com condomínio aberto, em que há possibilidade de resgate de cotas a qualquer momento, e fechado, quando o resgate ocorre apenas no final do prazo estabelecido na assinatura do contrato.

Por não ser um fundo disponível para qualquer investidor, é preciso que o interessado prove ser um profissional da área para conseguir aplicar seu patrimônio.

Isso pode ser feito com a classificação de investidor profissional ou com a certificação CVM de registro de agente autônomo, analista, administrador de carteira ou consultor de valores mobiliários.

A pessoa física ou jurídica ainda precisa provar, por termo assinado, que possui mais de R$1 milhão aplicado em investimentos.

Vale ressaltar que o investimento inicial de um FIDC é a partir de R$25 mil.

Conclusão

Os FIDCs são fundos de investimento com baixa volatilidade e alto potencial de rendimento.

Mesmo sendo bastante atrativos para os investidores, suas características e riscos exigem bastante conhecimento do investidor sobre o mercado financeiro.

Para além da rentabilidade e volatilidade, a análise de um FIDC para investir deve incluir também indicadores de subordinação, grau de recompra, grau de perda e outros.

Por isso, o mais indicado para investir em um FIDC é contar com o apoio de uma gestora de recursos como a Portofino Multi Family Office.

Desde 2012, oferecemos um serviço de assessoria patrimonial sob medida para pessoas, famílias e empresas com elevado patrimônio.

Possuímos mais de R$10 bilhões em ativos sob a gestão dos nossos mais de 40 especialistas (AUM).

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